Pegar nesse tempo que é tão nosso e fugir para um outro mundo. Correr para longe dessas mentiras que o mundo criou, correr na pressa de criar uma nova verdade, nesta realidade que é tão nossa. Julgamos que estamos sozinhos, num caminho não iluminado ou talvez num caminho que seja a nossa ruína. Falta-nos a força e a força de ter coragem. Andamos cegos de querer ver, de querer um motivo para ficar.
De que nos vale o mundo quando não nos sentimos nele?
No final? No final, não estamos sozinhos. Temos-nos um ao outro, dois corpos, duas almas que de mãos dadas vão os dois enfrentar esse mundo que existe por aí algures. Vão caindo, vão sofrendo, sentir a dor que é demais. Um sem o outro, talvez não houvesse mais mundo, mais ver, mais querer, mais sentir, mais vida. Um sem o outro, não haveria mais ninguém.
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