sábado, 4 de julho de 2015

Cidade

Andei por essas ruas, pisei aquelas calçadas. Cidade. Vi as pessoas nos seus pequenos mundos nas grandes multidões, passando ao lado do que lhes rodeava como não houvesse ali mais ninguém senão elas mesmas. A sua arrogância, a sua ignorância. De narizes para o ar. Outras, apressadas para chegar ao seu destino, quase que corriam. Ainda haviam aquelas pessoas que paravam e ficavam a olhar para as ruas como eu. Notando cada pormenor, cada janela, cada porta, cada pessoa, cada pedra da calçada que se estendia aos nossos pés. Cidade. Casas antigas, de paredes degradadas com pequenos cartazes nelas espalhados. Tristes são os actos de vandalismo, mas esses ignoro, ignoramos para que possamos admirar a beleza da Cidade, a beleza de cada traço que a caracteriza. Ah! A Cidade, lindíssima Cidade. Aquelas luzes, aquelas luzes tão frias, tão calmas que iluminam aquelas luzes pela noite. Cidade, Cidade.


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