sábado, 3 de setembro de 2016

Universo



Ela tinha o mar na alma. A extrema força e a profundidade de um oceano. Ela sentia tempestades e furacões mas os seus olhos gritavam a calma. Era da sua natureza dizer as coisas certas nas alturas certas e procurar o silêncio quando o silêncio era necessário. Corria mundos à procura de universos e cada vez que cada um passo a sua alma fazia estremecer a gravidade. Ela amava o mundo como se o mundo florescesse dentro dela. Proclamava a justiça só para te encontrar de novo. Que justiça existe se te levaram de mim?

Eu encontrei em ti, tudo o que o mundo não me deu. Foste para mim uma pequena eternidade num enorme infinito que se acendeu entre nós. Que universo existe se não estás aqui?


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Lençóis



Sempre ouvi dizer que quando dois corpos de tocam, as almas se unem. Gostava de ter essa experiência contigo. Queres experimentar, queres? Em todos os locais em que já passei, por baixo destes lençóis parece-me o melhor sitio para te amar. Já te disse que quando não estás, és tu quem me consome? Existem tantas formas de tocar, mas a melhor é quando me tocas com esses olhos. Com olhos, de seguida com as mãos, depois os lábios e o resto fica entre nós. Sabes que gosto de escrever, mas prefiro ajudar-te a tirar essa roupa. Gosto mais de ti quando estás sem roupa, é como ver o corpo que me consome a alma sem ter que me tocar. Agora, se não te importas fecha a porta e vem para aqui.