sábado, 4 de julho de 2015

Perdão à saudade

Sim, eu naveguei nesses mares desconhecidos. Nesses mares atribulados que mal soube navegar. Essas ondas que me afogavam a alma e que me faziam cair com toda a sua força. Não desisti, não desisti enquanto não visse a terra, enquanto o vento não soprasse em direcção à calma, ao sossego que se tem após tanta luta.
Não me arrependo por ter andando por aí, por oceanos que me queriam levar para longe, por oceanos que me queriam na sua profundidade. Não, não parei. Não quis voltar atrás. Tudo o que me trouxe aqui foi a saudade. Foi a saudade destas tempestades, a saudade da calma depois das trovoadas. Hoje não naveguei, hoje não enfrentei aquela imensa força. Hoje, peço perdão aos mares. Hoje, peço perdão à saudade.


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